“Existe sim cultura na Zona Leste”
- Denis cesar, Ricardo Martins
- 30 de abr. de 2016
- 3 min de leitura
Foi a constatação dos alunos presentes na palestra da sala 313.

O quarto e último dia do 13° Encontro de Comunicação 2016 (Encom), promovido pela Universidade Cruzeiro do Sul no Campus Anália Franco, contou com a presença de egressos da própria Universidade dos cursos de comunicação, formados em 2013.
Na sala 313, o tema de discussão foi o Trabalho de Conclusão de Curso, conhecido popularmente como TCC, no qual os egressos do curso de jornalismo contaram como foi o passo a passo, desde a montagem do grupo à conclusão do processo. Para Lucilene Oliveira, uma das convidadas, a formação da equipe com ideias bem alinhadas é uma das tarefas mais difíceis do processo: “Nem sempre seu melhor amigo, vai ser o que vai trabalhar com você, é preciso separar a amizade do profissional para que o trabalho transcorra da melhor forma possível. ”
Lucilene, que juntamente com o seu amigo Henrique Santigo, também presente como convidado, desenvolveram uma revista a qual deram o nome de Porantim - que em Tupi significa memória - e buscaram ressaltar as ações culturais dos bairros da zona leste da cidade de São Paulo, de onde também são moradores. Santiago fez questão de destacar o comentário de um professor da pré-banca, que serve como preparação para o desenvolvimento do TCC, em especial no que diz respeito à apresentação final diante da Banca Julgadora. Segundo ele, ao apresentar a ideia de seu TCC que era de divulgar através da revista os atos culturais espalhados pela zona leste, o professor indagou o grupo: “Mas, existe cultura na Zona Leste?”. Muito combalidos após os comentários da pré-banca, em especial deste professor, Santiago e Lucilene, juntamente com o restante do grupo, seguiram em frente com o projeto e atingiram a nota máxima na apresentação final do TCC, o que fez tudo valer a pena, segundo os agora jornalistas diplomados é preciso: “Acreditar no trabalho, mesmo que duvidem da capacidade dele”.
Já os egressos Mauricio Pizani e Rafael Biazão, escolheram a elaboração de um documentário como projeto para o TCC. O documentário recebeu o nome “Além da Melodia” e contava as histórias dos artistas de rua espalhados pela capital paulistana e suas motivações. Para Biazão, o grande segredo para o desenvolvimento do documentário foi a pesquisa de campo: “ Não se limitar apenas ao e-mail e, sim ir a campo, é muito importante”
Assim como o TCC de Lucilene e Santiago, o documentário “Além da Melodia” obteve nota máxima da banca julgadora.
No anfiteatro Carlos Ayres esteve presente o ator e graduado em Comunicação Social, Giovane Sturba di Renzo, palestrando sobre o papel da audiência na produção para televisão. Enquanto isso, no Auditório FHC, a agência Mirror - também composta por egressos do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade - falaram sobre os elos das pessoas e as marcas.
Para os organizadores do ENCOM, como o experiente coordenador de Rádio, TV e Internet, Bruno Rogério Tavares, o evento superou todas as suas expectativas e o principal objetivo foi cumprido, ou seja, a troca de conhecimentos entre os profissionais convidados e os alunos de comunicação, afirmou em entrevista exclusiva.
Ressaltando sobre a troca de saberes, compartilhamento de ideias e experiências que enriquecem a formação do aluno, a também coordenadora Ângela Fernandes abordou os benefícios do evento para as diversas áreas da comunicação: “Permitem aos profissionais refletirem e se atualizarem em relação aos temas e tendências que se fazem presentes na sociedade”. Também organizadora e mediadora do evento, a coordenadora, Regina Tavares salientou que fechar o ENCOM com os alunos egressos foi muito compensador, e indagou “já estou tendo ideias para o ENCOM 2017”. Quando perguntada sobre os alunos presentes nos quatros dias de evento, Regina se titulou como “mãe orgulhosa” ao ver todos presentes e ao perceber o engajamento dos alunos envolvidos na cobertura do evento. Encerrou a noite dizendo que “ver os convidados e o Chaparro, falando sobre o amor ao jornalismo foi emocionante”.
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